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terça-feira, 13 de setembro de 2011

iPad brasileiro chega ao mercado em dezembro


Ministro Aloizio Mercadante anunciou no Senado a chegada do tablet feito no país e também confirmou a criação de uma fábrica de games na Zona Franca de Manaus

Anderson Vieira, da AGÊNCIA SENADO
iPad, tablet da Apple
O iPad brasileiro será o primeiro feito fora da China
Brasília - O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, informou, nesta terça-feira (13), em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que a fábrica da Foxconn em Jundiaí (SP) está pronta para ser inaugurada. A empresa, segundo o ministro, já produz aparelhos iPod e, até dezembro, entregará os primeiros tablets iPad, da Apple.

"No início muitos duvidaram, mas será a primeira vez que a empresa produzirá iPads fora do território chinês. Estamos dando um grande passo para a inclusão digital no país"  afirmou o ministro.

Mercadante informou ainda que o governo federal anunciará nos próximos dias o investimento em uma grande fábrica de games na Zona Franca de Manaus.

A aposta em tecnologia e inovação é uma das metas previstas no Plano Brasil Maior, detalhada pelo ministro aos senadores na manhã desta terça-feira. Para ele, o país terá que investir nestas áreas se não quiser ser um mero exportador de commodities, como a soja e o suco de laranja

"A indústria de games tem faturamento maior e emprega cinco vezes mais que a de hardware, por exemplo. É uma fábrica de ponta que abrirá um mercado promissor para o Brasil" resumiu, sem revelar o nome da empresa e mais detalhes do negócio.

Segundo números apresentados pelo ministro, o déficit comercial brasileiro no setor de tecnologias da informação e comunicação foi de R$ 18,9 milhões em 2010. Para reverter o quadro, ele anunciou medidas para fortalecer a indústria nacional e a cadeia produtiva, como a ampliação de linhas de financiamento do BNDES e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e o investimento no Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), empresa pública, com sede em Porto Alegre, especializada na produção de chips.
Aloizio Mercadante admitiu, no entanto, que há desafios a serem enfrentados, entre eles, a qualificação da mão de obra. Um dos entraves para o desenvolvimento do país é a falta de engenheiros.
De 2000 a 2009, o número de jovens com graduação no Brasil subiu de 324,7 mil para 800,3 mil, mas o número de formandos em engenharia não cresceu no mesmo ritmo, passando de 22,8 mil para 47 mil. Nestes nove anos, a participação das engenharias no universo de cursos superiores caiu de 7% para 5,9%.
Na tentativa de melhorar a qualificação da mão de obra brasileira, o ministro apresentou aos senadores as ações do Programa Ciência Sem Fronteiras, que, entre outras iniciativas, prevê o aumento das bolsas de pós-graduação no exterior.
"Temos condições de atrair profissionais de ponta e pesquisadores, inclusive estrangeiros. Além disso, estamos executando na Justiça R$ 30 milhões pagos a estudantes que foram para o exterior, mas não concluíram o curso ou simplesmente não retornaram ao Brasil. É dinheiro público e precisa ser controlado" afirmou.
Royalties
Durante a audiência, o ministro defendeu ainda a aplicação 30% royalties do petróleo na educação, produção científica, informática e no desenvolvimento tecnológico. Ele pediu bom senso e equilíbrio dos parlamentares na discussão da partilha.
"Estamos gastando recursos que gerações futuras não terão mais. Em breve, os royalties não existirão e teremos que apostar cada vez mais em energia renovável. Para isso, é preciso investimento. O Senado é a casa do pacto federativo e tem de estudar formas de dividir melhor o dinheiro sem prejudicar os estados produtores. O que não podemos é repetir os erros de outros países e pulverizar os recursos, por exemplo", defendeu.

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