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domingo, 14 de agosto de 2011

PC completa 30 anos desafiado pelo auge dos tablets


Vendas de PCs apresentam queda nos Estados Unidos, enquanto vendas de tablets crescem cada vez mais.

EFE














Los Angeles - A indústria tecnológica comemora nesta sexta-feira o 30º aniversário da estreia do primeiro computador pessoal, um aparelho que revolucionou a informática para o consumo e cujo consumo é ofuscado com lançamentos dos tablets.
Em 12 de agosto de 1981, a IBM divulgou no hotel Waldorf Astoria de Nova York o famoso 5150 PC que representou uma mudança de paradigma no setor ao se projetado em um tempo recorde graças ao uso de componentes de diferentes companhias.
A necessidade de se adiantar frente a rivais como Apple, que estrearam seus protótipos nos anos 1970, levou a IBM apostar por tercerizar os sistemas a empresas como Intel e Microsoft, em vez de investir em seu desenvolvimento. Um modelo de fabricação que foi padronizado a partir de então.
A versão básica do primeiro PC (computador pessoal, na sigla em inglês), que chegou no mercado custando R$ 2.522 (US$ 1.565), dispunha de uma memória RAM de 16 kilobytes - para se ter uma comparação, o iPhone 4 tem uma capacidade 32 mil vezes superior - sem porta para disquete nem disco rígido, um preço no qual nem sequer incluía o monitor (tinha um cabo para conectá-lo à televisão), que era vendido à parte.
Em 1982, um ano depois do lançamento do PC, a Compaq (então Texas Instruments) apresentou o primeiro computador portátil, que também utilizou processadores da Intel e software da Microsoft, e que em apenas 12 meses vendeu 53 mil unidades, cada uma pesando 13 quilos. O plano de negócio da IBM estimava vendas de 240 mil exemplares de seus PC entre 1981 e 1986, mas o sucesso de seu 5150 superou as expectativas, que alcançou esse número no primeiro ano e originou um boom comercial que acelerou a chegada da informática para os home offices. Confira na galeria de fotos abaixo alguns dos computadores lançados na década de 1970 e 1980:
Hoje em dia nos EUA há cerca de um computador pessoal per capita embora o domínio destes aparelhos entrasse em queda, segundo reflete uma estagnação e inclusive a queda de suas vendas. No primeiro trimestre do ano se comercializaram 4,4% a menos de PCs comparado ao mesmo período de 2010, segundo dados da empresa de pesquisa de mercado IDC.
Gurus do setor como Steve Jobs, CEO da Apple, proclamaram o fim da era do PC, um formato que se tornou obsoleto frente os dispositivos móveis e sistemas em rede da computação nas nuvens. Em artigo publicado nesta semana no blog "Building a Smart Planet", intitulado "IBM Leads the Way in the Post-PC Era", Mark Dean, diretor tecnológico da IBM para o Oriente Médio e África, manifestou que 30 anos após trabalhar no primeiro PC, esses aparelhos ficaram defasados.
"Estou orgulhoso que a IBM decidisse abandonar o negócio dos computadores pessoais em 2005 e vendesse nossa divisão da PC para Lenovo", disse Dean. "Quando ajudei a projetar o PC nunca pensei que viveria o suficiente para ser testemunha de sua queda, mas apesar disso, os PCs continuarão sendo muito usados, vão seguir o mesmo caminho que a máquina de escrever e os discos de vinil", comentou o engenheiro.
"Meu computador principal agora é um tablet", afirmou Dean, que prevê que o futuro da tecnologia vai além dos PCs, tablets e dos smartphones. "Está ficando claro que a inovação cresce melhor não nos dispositivos, mas nos espaços sociais que há entre eles, onde as pessoas e as ideias se encontram e interagem. É aí onde a computação pode ter o impacto mais poderoso", assegurou.

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