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terça-feira, 12 de julho de 2011

Mercadante quer replicar modelo de tablets em outros produtos

SABINE RIGHETTI - ENVIADA ESPECIAL A GOIÂNIA
Folha.com

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O ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) quer expandir o modelo de produção dos tablets para outros produtos de TI (tecnologia da informação).

O ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) quer expandir o modelo de produção dos tablets para outros produtos de TI (tecnologia da informação).
O anúncio foi feito nesta segunda-feira, durante conferência que abriu a 63ª reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), em Goiânia.

"Precisamos de uma política industrial que estimule o conteúdo local. Começamos a fazer isso com os tablets e agora vamos expandir", disse Mercandante.

O modelo de produção de tablets, alinhavado por Mercadante, define que as empresas devem começar com pelo menos 20% do aparelho produzido aqui (e não apenas montado no país).

"Já temos nove empresas licenciadas e vamos começar a produzir em setembro."

De acordo com ele, a expansão do modelo de produção dos tablets no Brasil deve atingir produtos como celulares, computadores e TVs.

O ministro também destacou a necessidade de estimular a produção de softwares nacionais --e falou até em software livre.

"A evolução tecnológica também se dá também de forma colaborativa. Não podemos criminalizar o software livre, é um erro punir aqueles que querem criar."

MERCADO INTERNO

Mercadante enfatizou ainda que, diferentemente de países como China e Índia, no Brasil o vetor determinante da economia é o mercado interno.

Por isso, faz sentido que as empresas desenvolvam aqui produtos voltados para o mercado nacional.

Isso movimentaria a atividade de pesquisa e desenvolvimento no setor privado, que ainda patina com pouco recursos.

Hoje, o Brasil investe 1,2% do seu PIB (Produto Interno Bruto) em ciência e tecnologia, sendo que apenas 0,54% do total sai do setor privado.

"Se tirarmos a Petrobras, o investimento privado em ciência quase desaparece", ressaltou.

Já as empresas de países considerados "concorrentes", como a Coreia do Sul, chegam a investir 2% do seu PIB em pesquisa.

"O Estado tem de melhorar o investimento em ciência e tecnologia, mas o setor privado tem muito a fazer. As empresas acham que inovar é comprar máquinas", disse.

A ideia de Mercadante é atrair mais investimentos privados para pesquisa e, assim, driblar o corte de cerca de 20% do orçamento que o MCT (Ministério de Ciência e Tecnologia) sofreu no início do ano.

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