HDR TD10 filma em 3D com boa qualidade

Filmadora da Sony tem bons recursos e qualidade acima da média

PRÓS Ótimo resultado no 3D, boa qualidade geral das gravações

CONTRAS Ajuste manual do 3D mal posicionado

CONCLUSÃO Câmera de qualidade com recursos interessantes; preço alto

Com a HDR TD10, da Sony, já é possível se passar por James Cameron (diretor de Avatar) e registrar o aniversário do seu filho em 3D. Essa filmadora conta com um par de lentes estereoscópicas com zoom de 10 vezes, uma tela sensível ao toque de mais de 3 polegadas que exibe conteúdo tridimensional sem a necessidade de óculos e um belo par de microfones embutidos. A captação das imagens tem qualidade acima da média. A máquina tem uma ótima gama de recursos, como o modo para captura de tacadas de golfe, que registra os movimentos em câmera lenta. Nos testes do INFOlab observamos um melhor resultado do 3D em ambientes bastante iluminados. A boa gama de recursos deixou a TD10 com um preço salgado. São necessários 7.599 reais para levá-la para casa.

Nas cenas com iluminação artificial, o resultado não é dos melhores. No geral a profundidade gerada pelas lentes é muito boa. Em imagens com vários elementos o efeito pode ser confuso. Para armazenar os vídeos no formato AVCHD, tanto os tridimensionais como os em 2D, a HDR TD10 conta com memória flash interna de 64GB e entrada para cartões SD e MS. A conexão com a TV 3D é feita por um cabo HDMI, mas ela também conta com saída AV, P2 para fone e P2 de entrada para microfone, além de uma sapata para flash e outros acessórios. 

Medindo 8,9 por 6,8 por 14,8 centímetros e pesando 722 gramas, a HDR TD10 não é uma filmadora exatamente confortável. Em filmagens um pouco mais longas – a bateria tem duração de 138 minutos – a gravação se torna incômoda. A empunhadura, no entanto, oferece bastante segurança. Para os canhotos, infelizmente, a posição da presilha é inviável, um defeito que não é exclusividade dessa Sony. Um ponto que incomodou nos testes do INFOlab é a posição do ajuste de profundidade do 3D. Localizado na parte frontal da câmera, seu uso recorrente é pouco ou quase nada anatômico. Muito menos prático.

Como já dito, a tela de 3 polegadas tem ótima qualidade e não requer o uso de óculos para gerar o efeito 3D. As cores e qualidade da captura são muito bem representadas. Por ser sensível ao toque, a interface traz atalhos práticos e de fácil clique (botões grandes). A tela gira em 180º em seu próprio eixo, além de contar com 90º de ajuste em relação ao corpo da máquina.

A grande força da nada barata HDR TD10 é observada na qualidade geral das imagens e do efeito 3D. Com iluminação boa, o efeito de profundidade gerado com 2 ou mais planos impressiona até os mais ceticistas. Com imagens com muitos elementos e planos variados, o resultado pode se tornar confuso, fazendo com que a filmadora priorize automaticamente alguns objetos, que nem sempre são os desejados pelo usuário. No 2D, a resolução de 1080p não faz feio. A captação de som também está acima da média. Para ter um resultado ainda melhor, a TD10 conta com entrada P2 para microfones, conexões AV, HDMI, saída de áudio P2, USB e sapata (para flash, mic, etc).