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sexta-feira, 10 de junho de 2011

“Banda larga Telebrás estreia em julho”

Por Rogerio Jovaneli, de INFO Online

Caio Bonilha: "Não haverá atrasos, seguiremos um cronograma rígido"

São Paulo - O novo presidente da Telebrás, Caio Bonilha, afirmou em entrevista a INFO que a estreia dos serviços da Telebrás como provedor de banda larga acontecerá em julho.
Bonilha assumiu a presidência da estatal no início deste mês, após a queda de Rogério Santanna, criticado por não tirar do papel o plano nacional de banda larga ao longo dos últimos 14 meses.
De acordo com o novo presidente da Telebrás, Santanna fez um trabalho “extraordinário”, mas sofreu com dificuldades técnicas, como a demora excessiva na negociação com empresas que implementaram backbones para a nova Telebrás.
Com uma rede de fibra óptica de mais de 7 mil quilômetros espalhada pelas regiões Sul, Sudeste, Centro Oeste e Nordeste, a Telebrás poderá aumentar a competição entre os provedores de banda larga no Brasil, melhorar a velocidade de conexão em várias regiões e levar conexões rápidas a municípios que simplesmente não possuem essa tecnologia hoje.
De acordo com Bonilha, a Telebrás acertou nos últimos meses todos os detalhes técnicos para a construção de sua rede e compra de equipamentos necessários para fazê-la funcionar. A maior parte da rede da estatal, na verdade, é uma herança de outra companhia, e Eletronet.

rede
Falida há cerca de cinco anos, a concessionária de energia Eletronet cedeu sua rede à Telebrás, que não deve atuar levando a conexão diretamente à casa dos consumidores, mas sim cedendo sua rede para pequenos e médios provedores explorarem o chamado “serviço de última milha”.
Segundo Bonilha, um exemplo de como a Telebrás atuará pode ser visto no acordo firmado com a Sadnet, provedor da pequena cidade de Santo Antônio do Descoberto, em Goiás. A empresa local poderá usar um link de até 100 Mbps para atender consumidores no município de Santo Antônio e, em troca, pagará uma taxa por usar a rede da Telebrás.
Os provedores que explorarem a rede da Telebrás devem comprometer-se a cobrar, no máximo, R$ 35 dos consumidores pela conexão de 1 Mbps.
“Na medida em que conseguirmos que o provedor baixe o preço para o usuário final, estamos cumprindo o nosso papel social que é viabilizar o acesso à internet ao maior número de pessoas possível, em especial, à população de mais baixa renda”, destacou Bonilha.
O presidente da Telebrás afirma que o exemplo da cidade goiana se multiplicará pelo Brasil nos próximos meses. A meta da Telebrás é cumprir o cronograma e levar internet em alta velocidade a 4.283 cidades até 2014.  “Não haverá atrasos, seguiremos um cronograma rígido”, disse o executivo.
Nos próximos dias, Bonilha deve assinar ao menos outros seis contratos para levar banda larga a cidades na rota entre Brasília e Itumbiara.
Além de incluir regiões hoje sem acesso à banda larga, o objetivo da Telebrás é entrar em mercados onde há pouca competição para fomentar a queda de preços.  Mesmo que cumpra todos os cronogramas, a estatal só levará sua infraestrutura a todas regiões do Brasil em três anos.

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